domingo, março 15, 2009

Poesia... para as nossas flores

Para homenagear as nossas festas, um visitante maravilhado, Pedro Lopes, escreveu este soneto:

Campo Maior – Festas do povo

Cidade de secular tradição em labores
“Lealdade e valor” que vives na raia
Banhada pela fronteira do caia
Tuas ruas viram searas de flores

São passadeiras para os meus Amores
Cidade que vives do grão de café
Grandiosa a tua Delta chaminé
São tuas as festas do povo, e das flores

É teu Campo palco Maior desses arraiais
Porque és do povo, vestes-te com as cores
Dos olhos dos meus Amores

Terras verdes, que no verão ficam douradas
Mas são nelas que crescem as flores
Que prestam vassalagem aos meus Amores

(Retirado deste sítio ..>)

7 comentários:

Anónimo disse...

Parvoíces...

João Paulo disse...

Vê-se que não és de Campo Maior...

Anónimo disse...

Quem escreveu este soneto, demonstrou bem a magia que envolvia as flores das festas do povo de Campo Maior.
Poesia é um estado da alma, e quando essa alma transborda sentimento, ele sai em forma de verso, soneto, prosa e idem idem.
Quando há pessoas que não entendem esta forma de arte, é porque definitivamente esta gente do mundo da arte não faz parte.

Gostei sinceramente.
Existem coisas maravilhosas neste mundo que nem todos terão o privilégio de conhecer e de sentir, infelizmente para eles, os outros estão felizes por entenderem a mensagem.
Aquele abraço da amiga certa.
Rosa

De alguém que adora poesia disse...

Passei por aqui e li. Não querendo ser Salomão nesta sentença, apenas por bom-senso, penso que no meio destes extremos haverá alguma justiça. Nem repudiar radicalmente é decisão justa, nem é boa decisão incensar uma manifestação poética que está muito longe de dever ser considerada sublime, pois que, tanto na forma como no conteúdo, fica muito aquém da escorreita manifestação de sentimentos que deve ter a poesia. Nem tudo o que luz é oiro e nem tudo o que é posto em verso pode ser tido como poesia de bom quilate.
Mas, nisto, como em muitas outras coisas, a subjectividade torna relativos todos os juízos que se fazem sobre coisas que não podem viver na ilusão de poderem ser exactas.
Agora, tratando-se de soneto, há métrica, regras e ritmos que, não sendo devidamente respeitados, produzem resultados muito contestáveis.
Para além da forma, também o conteúdo, sendo demasiado artificioso a ponto de não corresponder a um autêntico sentimento, pode fazer soar tão vazia de sentido real, que cause algum desagrado.

rosa disse...

Vejo que entende a métrica do soneto e ao mesmo tempo o encanta.
Pois bem, eu como poetisa do povo não vou à simetria dos versos.
Tocam-me mais as palavras, o sentimento com que elas são ditas.
Isso para mim é poesia, porque esta poesia rustica nasce da alma, corre na veia.
Já a simetria da escrita é aprendida, copiada, não deixa de ter beleza com seu aprumo.
Mas a naturalidade, a rusticidade, a simplicidade envolvidas em sentimento, são para mim as melhores formas desta arte chamada de poesia popular.
O soneto aqui transcrito, não tem simetria perfeita, mas não o considero artificioso, entendo nele apenas o espanto, o encantamento, ao olharem a obra florida criada pelas mãos dum povo artista, como é o povo de Campo Maior.
Atenciosamente
Rosa

fb disse...

gostava de saber se existe alguma data prevista para a realização de mais uma edição das festas do povo, já por aí passei à uns anos, sou de perto do Porto e nunca vi nada mais lindo.

a todos os que tornam possivel o meu muito obrigada

fb

João Paulo disse...

Cara fb

Não existe data. E, infelizmente, não sei quando haverá!

Obrigado pela visita!